Estudante usava Net para roubar dinheiro de contas bancárias

Aveiro. Jovem de 21 anos apanhado em flagrante delito

Quando foi surpreendido depositava 10 mil euros. Vítima denunciou o caso

A Polícia Judiciária (PJ), através do Departamento de Investigação Criminal de Aveiro, deteve em flagrante delito um presumível burlão informático numa agência bancária de Aveiro quando este pretendia levantar da sua conta uma quantia de 10.000 euros que tinha transferido, ilicitamente, de outra pessoa, concretamente de um homem que denunciou o caso.

O suspeito, de 21 anos, vive na zona de Aveiro, é estudante universitário noutra cidade e natural de um país africano de expressão portuguesa (PALOP). Após a detenção, foi presente ontem a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Aveiro, mas desconheciam-se as medidas de coacção até à hora de fecho desta edição. A PJ, que já estava a vigiar as movimentações do suspeito há algum tempo, recolheu provas indiciadoras da obtenção ilegal de acessos e dados pessoais por via electrónica para consumar a burla através da Internet (um método conhecido vulgarmente por phishing).

O indivíduo terá recorrido, em várias ocasiões, a “mecanismos e instruções” que forneceu nas consultas online que a vítima fazia à sua conta, “criando-lhe a convicção de que estava a ser instruído pela instituição bancária”. “Alguns erros” cometidos permitiram aos investigadores apanhar o seu rasto e depois consumar a detenção no preciso momento em que se deslocava ao banco para levantar da sua conta 10.000 euros, fruto de duas transferências realizadas com sucesso, utilizando fraudulentamente as chaves informáticas a que acedera.

Quando a vítima entrava no site da sua entidade bancária era redireccionado para outra página, muito semelhante, inicialmente sem se aperceber, acabando por digitar os seus dados pessoais que eram depois registados pelo burlão. Incorre agora numa pena que pode ir até cinco anos de prisão.

Este crime, alertou ontem a PJ, tem tido um “grande incremento, inovando nas formas de contacto com as vítimas” que são induzidas a pensar que os elementos solicitados se destinam à segurança de acesso às respectivas contas.

fonte(http://dn.sapo.pt/2008/10/04/cidades/estudante_usava_para_roubar_dinheiro.html)

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