arduino, raspberry pi, impressoras 3D e outros que tal numa biblioteca local!

Eu sei que este titulo pode ser apelativo e se calhar o interesse é esse.. mas e se numa qualquer biblioteca local existisse a hipótese de se poder ir trabalhar/brincar com estes equipamentos?

Que tal um local publico onde podes aprender a programar hardware?
Que tal um local onde aprender a programar?
Que tal um local onde ensinas e partilhas o que sabes com os outros?
Que tal um local onde se podem levar crianças, dentro do horário “normal” das suas aulas para elas aprenderem a programar, a criar e a desenvolver outras competências?
Que tal um espaço para que artistas e outros das áreas da multimédia colaborem e construam COISAS!

o que seria necessário (dinamização interna):
existir um/dois monitor/formador/dinamizador (que percebesse do assunto e de sistemas operativos linux, e não estou a falar em “engenheiros” ou “informáticos”)
existir equipamento necessário para poder partilhar com umas 15/20 pessoas (ir “experimentando” o numero de pessoas, e obter um numero máximo por sessão)
existirem alguns computadores com internet (instalado apenas software livre)
ter material “logístico” para apoiar crianças do ensino básico

o que poderia acontecer:
o espaço ser aberto à comunidade de hackers local, a funcionar fora do horário “normal” da biblioteca (dinamização externa)
criar/apoiar uma comunidade que fosse mantendo o espaço “aberto” e fomentando o uso por outras pessoas
óbvio que seria um partilhar do saber entre gerações
um espaço que apoia iniciativas que necessitem destas tecnologias
professores que teriam ao seu dispor um laboratório e uma rede de contactos

Eu sei que isto é uma ideia apenas, e que muito do que aqui escrevi se passa em alguns colectivos, de hackers ou não, de comunidades que se juntam para ajudar outras comunidades.. mas e se o serviço publico passasse por aqui? se a biblioteca deixasse apenas de ser o espaço de leitura mas e também de partilha de outros para outros?

Porquê uma biblioteca?
As escolas não têm nesta altura qualquer hipótese deste tipo de investimento, e não faz sentido cada escola estar equipada com o material (eu conheço exemplos de escolas publicas do ensino básico que têm computadores na sala de aula, arrumados a um canto, porque o professor não sabe o que fazer com o computador com tantos alunos, ou porque simplesmente está avariado e não existe ninguém que o possa arranjar) .. e as bibliotecas, têm na sua maioria espaços físicos, condições físicas com localizações estratégicas, equipadas com serviços de apoio e extra apoio, são espaços pensados para perdurar anos, são pensados na sua maioria por artistas (arquitectos), têm na partilha do saber uma das suas premissas, e os espaços virtuais estão “cheios” de entusiastas destas áreas.

o que eu acho que são “quase” exemplos:
Digitópia espaço na casa da Musica no Porto (LINK) – este espaço conta com o apoio de VOLUNTÁRIOS (bravo)!

(se conheces algum destes espaços públicos em Portugal que faz “por isto”, partilha essa informação)

o que eu acho que é um contraexemplo:
(25/Abril/2013): em Lisboa foi inaugurado um espaço publico, onde se podem usar as seguintes tecnologias: para as crianças (tablets Paquito e SuperPaquito, smartphones, PlayStation3..)  vá lá.. façam destes espaços “melhores” espaços! Porquê mostrar algo fechado que é uma aplicação e não um espaço onde as crianças criam as suas aplicações? os seus jogos? e os partilham com outros.. 

fontes:
Biblioteca Municipal dos Coruchéus

Programa Estratégico Biblioteca XXI visa a recuperação e alargamento da rede de bibliotecas da cidade de Lisboa

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3 replies on “arduino, raspberry pi, impressoras 3D e outros que tal numa biblioteca local!”

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